Se
as crianças são intimidadas por colegas, é preciso uma intervenção eficiente de
pais e professores
A intimidação é um problema grave que
ocorre com frequência, as atitudes opressivas podem ser físicas ou
psicológicas. A vítima sente medo, tem dificuldade de concentração nas aulas e
receio de ir para a escola.
A maioria dos casos ocorre entre sexto
e nono ano, os meninos envolvem-se mais do que as meninas nesse tipo de
comportamento. Elas costumas espalhar rumores ou impor o isolamento social à
vitima.
Os agressores precisam sentir-se
poderosos e defendem-se dizendo que a vítima os provoca. Em geral, eles vivem
situações familiares onde não há envolvimento dos pais e as agressões são
constantes. As vítimas são crianças ansiosas, cautelosas e frágeis. O
sofrimento pode levar à baixa autoestima.
Revidar não é aconselhável, a resposta
pode ser mais violenta. Ignorar não adianta, o problema vem atrás. Dizer que o
agressor quer se tornar amigo é mentira, os motivos são outros.
O que fazer?
Ouça com atenção o que seu filho tem a
dizer e não menospreze o que ele sente. Pergunte tudo, como quem é o agressor,
o que faz e onde e quando os problemas ocorrem. No caso de crianças, de até 6 ou
7 anos, os pais devem levar o assunto imediatamente à professora. Se a queixa
não surtir efeito, procure a coordenadora ou diretora. Os mais velhos
necessitam da ajuda dos pais, mas também precisam sentir-se no controle da
resolução da situação.
Comece ensaiando com a criança o que ela deve falar e fazer para se defender.
Incentive-a a estabelecer relações; um novo amigo pode mudar o equilíbrio de
forças. Se a situação se repetir, solicite uma reunião com a professora e cobre
da coordenação um plano para resolver o problema. O aluno precisa de um
ambiente seguro e sem medo para poder aprender.
Cabe à escola estabelecer uma política
clara sobre como tratar os casos de intimidação. Toda a equipe escolar deve se
envolver. É fundamental passar a mensagem de que esse tipo de comportamento não
será tolerado. As experiências mais bem-sucedidas lidam com o opressor
engajando-o em atividades de cuidado e de ajuda a outros colegas e não usando
de disciplina rígida. O mais importante é que pais e professores encarem a
situação antes que o aluno seja afetado no seu desenvolvimento social e
acadêmico.
Fonte: Revista Claudia, Junho/2002
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