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sexta-feira, 4 de março de 2016

CRECHES: ATIVIDADES PARA CRIANÇAS DE ZERO A SEIS ANOS


  
1-          PRINCIPIOS EDUCATIVOS NA CRECHE

O reconhecimento da creche foi a partir da Constituição de 1988, definiu que a criança de 0 a 6 anos teriam direito a educação e dever do Estatuto o atendimento em creches e pré-escolas.
A educação e os cuidados coletivos são práticas recentes no Brasil.
Creches são espaços de trabalho heterogêneos e pluralidade. Devendo acolher crianças cujas famílias desejam ou necessitam de atendimento integral.

2 – PROGRAMAÇÃO

As creches devem oferecer múltiplas interações favorecendo o crescimento da criança, fazendo com que elas explorem atividades diárias e tornem-se sujeitos ativos no mundo em que vivem.
A programação diária deve contemplar trabalhos orientados e trabalhos livres, coletivos e individuais, higiene e alimentação.

3- OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DA EDUCADORA

Os instrumentos são selecionados, construídos e utilizados de acordo com uma determinada qualidade de trabalho.
Instrumentos que auxiliam na proposta de um trabalho de qualidade:
·         Observação
Prestar atenção em si e ao outro, olhar, observar e compreender o que o outro, seja adulto ou criança.
·         Planejamento
Ter um plano de ação não é algo que se deva ser seguido como manual, mas auxilia na execução das atividades diárias.
·         Anamnese
Questionário que auxilia os profissionais da educação conhecer um pouco da história da criança; deve ser preenchido pelos pais.
·         Diário
O diário é o motor do planejamento. Auxilia nas modificações do trabalho do educador.
O registro escrito ajuda na organização e reflexão constante do trabalho.
·         Relatórios
Os relatórios são registros cotidianos do trabalho do educador, pode ser semestral, trimestral ou anual.
É um relato-síntese do processo de crescimento da criança.
·         Reuniões
Ajuda os profissionais a compreender melhor as atividades desenvolvidas. Serve para integrar o trabalho com as famílias.

4 – AS ROTINAS DIÁRIAS

A rotina é a realização do planejamento. É através dela que se põe em pratica o previsto.
A rotina ajuda a prever as ações, os acontecimentos e os horários da creche.
·         Criança de 0 a 3 anos
Momento de exploração, o controle e as conquistas dos movimentos corporais. Aprendem os movimentos de pressão das mãos, a engatinhar, andar e controle dos esfíncteres.
A rotina deve prever pouca espera da criança, principalmente na higiene e alimentação.
·         Criança de 4 a 6 anos
Já é possível agrupá-las por períodos mais longos para desenvolver projetos de brincadeiras ou trabalhos coletivos.
É o momento da conquista da linguagem verbal e a escrita passa por experimentos, os jogos e brincadeiras podem ter regras.

5- ESPAÇOS FÍSICOS

Os espaços das creches são variados e diferentes. As crianças precisam de espaço para locomoção e movimentação.
Os educadores devem criar um ambiente cultural de maneira que a criança seja estimulada a autonomia e cooperação.
Os espaços devem: interferir na percepção da realidade, percepção de materiais, influenciar na capacidade de escolha e permitir a interação com outras crianças.
Espaços internos – salas de atividades
A sala reflete a rotina do grupo, em cada faixa etária, o grupo vai construindo seus espaços.
O uso de salas especificas pode ser enriquecedor como salas-ambiente, bibliotecas e brinquedoteca.
Garantir espaços diferenciados para repouso, alimentação, higiene, brincadeiras e expressão corporal.

·         Crianças de 0 a 3 anos
Nesta fase o berço é um referencial seguro para os bebês. É importante que contenha objetos e brinquedos trazidos de casas ou escolhidos na creche, com valor afetivo para criança.
É importante que haja a interação da criança a disposição dos berços.
Ofereça materiais e espaços diversos permitindo que as crianças experimentem a si e ao meio de formas variados.

·         Crianças de 4 a 6 anos
Nesta faixa etária a criança já adquiriu independência e autonomia, podem-se organizar áreas ou cantos para brincar e trabalhar.
Os materiais devem ser dispostos de maneira coerente e acessível para desenvolvimento de diferentes linguagens e conhecimentos
Num ambiente rico culturalmente não pode faltar a leitura, a escrita e a brincadeira de faz-de-conta.

Espaços externos
O espaço deve ter segurança, ser colorido, simbólico e agradável proporcionando novas experiências e descobertas corporais.
Evitar brinquedos de ferro, que criam situações de perigo e são restritivos.
Os espaços externos devem:
·         Proporcionar a imaginação das crianças;
·         Permitir a livre expressão e exploração de todo repertório simbólico-corporal;
·         Proporcionar a experiência sensorial e a diversidade de emoções;
·         Utilizar os mais variados materiais, de elementos móveis para ser manipulados;
·         Permitir o espaço para jogos com bola e pula-corda;
·         Espaço para plantio e cultivo de hortaliças que permita o trabalho cooperativo e solidário.

6 – BRINCAR NA CRECHE

A brincadeira é fundamental para construção da identidade autonomia, cooperativa e criativa.
A criança aprende a brincar a partir da interação com o adulto.
“Ensinar a brincar é ensinar o faz-de-conta, é ensinar a criança a atribuir diferentes sentidos para as suas ações” (p. 56)

7- LEITURA E ESCRITA: CRECHES – ESPAÇOS CULTURAIS

Por ser um ambiente que abriga crianças de diferentes vivências e diversidade cultural e linguística, a creche deve ofertar diferentes materiais que permitam o contato diário com linguagens de função social.
Sugestões:
·         livros na sala;
·         gibis, jornais e revistas;
·         cartazes fixados nas salas;
·         receitas trazidas de casas;
·         avisos e cartas.

Brinquedos recomendados

Crianças de 0 a 2 anos
Ø  Chocalhos
Ø  Brinquedos com guizos, martelar e empilhar
Ø  Blocos com ilustrações
Ø  Brinquedos de puxar e empurrar
Ø  Pequenos brinquedos desmontáveis
Ø  Blocos e argolas para empilhar
Ø  Brinquedos musicais

Crianças de 2 a 4 anos
Ø  Objetos para caixa de areia
Ø  Blocos com tamanhos diferentes
Ø  Bolas
Ø  Móveis do tamanho da criança
Ø  Mobília para bonecas
Ø  Fantasias
Ø  Animais de pelúcia
Ø  Bonecas
Ø  Quebra-cabeças simples
Ø  Jogos de construção com peças grandes

Crianças de 4 a 6 anos
Ø  Fantoches e teatrinhos
Ø  Livros para colorir
Ø  Cadernos de desenho
Ø  Livros de histórias

Referência


Abramowicz, Anete, Gisela Wajskop. São Paulo: Moderna, 1995

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