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CURSOS ON LINE

quinta-feira, 30 de junho de 2016

A árvore e as quatro estações


Um homem morava no deserto e tinha quatro filhos. Querendo que seus filhos aprendessem a valiosa lição da não precipitação nos julgamentos, os enviou para uma terra um onde tinha muitas árvores. Mas ele os enviou em diferentes épocas do ano. O primeiro filho foi no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o mais novo foi no outono.

Quando o último deles voltou, o pai os reuniu e pediu que relatassem o que tinham visto. O primeiro filho disse que as árvores eram feias, meio curvadas, sem nenhum atrativo. O segundo filho discordou e disse que na verdade as árvores eram muito verdes e cheias de brotinhos, parecendo ter um bom futuro. O terceiro filho disse que eles estavam errados, porque elas estavam repletas de flores, com um aroma incrível e uma aparência maravilhosa! Já o mais novo discordou de todos e disse que as árvores estavam tão cheias de frutos que até se curvava com o peso, passando a imagem de algo cheio de vida e substância.

Aquele pai então explicou aos seus filhos adolescentes que todos eles estavam certos. Na verdade eles viram as mesmas árvores em diferentes estações daquele mesmo ano. Ele disse que não se pode julgar uma árvore ou pessoas por apenas uma estação ou uma fase de sua vida. Ele explicou que a essência do que elas são, a alegria, o prazer, o amor, mas também as fases aparentemente ruins que vem daquela vida, só podem ser medidas no final da jornada quando todas as estações forem concluídas.


Se você desistir quando chegar o "inverno", você vai perder as promessas da primavera, a beleza do verão e a plenitude do outono. Não permita que dor de apenas uma "estação" destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida por apenas uma fase. Persevere através dos caminhos dificultosos e épocas melhores virão com certeza!

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O FAXINEIRO


Um homem desempregado entra em um concurso da Microsoft para ser faxineiro. O gerente de recursos humanos o entrevista e faz um teste (de varrer) e depois diz:

- O serviço é seu. Dê-me o seu e-mail e eu lhe enviarei a ficha para preencher com a data e a hora em que deverá se apresentar para o serviço.

Assustado o homem responde que não tem computador e muito menos e-mail. O gerente de RH diz que lamenta, mas se não tiver e-mail não poderá ter trabalho.

O homem sai sem saber o que fazer com apenas U$ 12,00 em seu bolso. Então, ele decide ir ao supermercado comprar uma caixa com 10 quilos de tomates. Bate de porta em porta vendendo os tomates a quilo, e em menos de duas horas já tinha conseguido duplicar o capital. Repete a operação mais três vezes e volta para casa com U$ 60,00.

Assim ele verifica que pode sobreviver dessa maneira. Sai de casa cada da mais cedo e volta mais tarde, mas com dinheiro no bolso.

Pouco tempo depois compra uma mini-van; depois troca por um caminhão e num curto período, chega a ter uma pequena frota de veículos para distribuição.

Passado cinco anos, o homem é dono de uma das maiores distribuidoras de alimentos dos Estados Unidos.

Pensando no futuro de sua família, ele decide fazer um seguro de vida. Chama o corretor e acerta um plano. Quando termina, o corretor lhe pede o e-mail para enviar a proposta. O homem diz que não tem e-mail. Curioso o corretor lhe diz:

- O senhor não tem e-mail e chegou a construir este império, imagine o que o senhor seria se tivesse e-mail?

O homem pensa e responde:



- SERIA UM FAXINEIRO!

AS ESCOLHAS DE UMA VIDA (Pedro Bial)



A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz:
"Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu.
Compartilho do ceticismo de Allen:
A gente é o que a gente escolhe ser,
O destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,
Estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil.
No momento em que se escolhe ser médico,
Se está abrindo mão de ser piloto de avião.
Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura.
No amor, a mesma coisa:
Namora-se um, outro, e mais outro,
Num excitante vaivém de romances.
Até que chega um momento em que é
Preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém,
Apenas vivenciando amores
E deixando-os ir embora quando se findam,
Ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa,
Com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades. As duas opções têm seus prós e contras:
Viver sem laços e viver com laços...
Escolha:
Beber até cair ou virar vegetariano e budista?
Todas as alternativas são válidas,
Mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, Ser casados de segunda a sexta
E solteiros nos finais de semana,
Ter filhos quando se está bem-disposto
E não tê-los quando se está cansado.
Por isso é tão importante o auto conhecimento.
Por isso é necessário ler muito,
Ouvir os outros,
Estagiar em várias tribos,
Prestar atenção ao que Acontece em volta e não
Cultivar preconceitos.
Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas,
Elas têm que refletir o que a gente é.
Lógico que se deve reavaliar decisões e
Trocar de caminho:
Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido.
A estrada é longa e o tempo é curto.
Não deixe de fazer nada que queira,
Mas tenha responsabilidade e maturidade
Para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se:
Suas escolhas têm 50% de chance de darem certo,
Mas também 50% de chance de darem errado.
A escolha é sua ... 

terça-feira, 28 de junho de 2016

O Peso do QI na Recolocação Profissional


  
"Você é quem você conhece, não o que você faz."
(Azalba)

Já engordei as estatísticas do desemprego há alguns anos. Eram tempos em que atuava como executivo, ocasião na qual conheci o trabalho das empresas de recolocação profissional, o chamado outplacement.

Foi quando aprendi a preencher adequadamente um currículo, além de ser orientado sobre como me portar em entrevistas. Também passei horas analisando companhias diversas, escolhendo aquelas nas quais gostaria de trabalhar para, ato contínuo, enviar-lhes meu precioso portfólio, agora maquiado e vitaminado, na expectativa de ser convocado.

Ledo engano. Já naqueles tempos, início dos anos noventa, os processos de recrutamento estavam mudando. Currículos aleatoriamente enviados pelo correio ou preenchidos pela internet podem se configurar em pura perda de tempo. Tornam-se lixo, físico ou eletrônico, antes mesmo que alguém leia o nome do remetente.

Pesquisa recente realizada pelo Grupo Catho junto a 17.801 profissionais indicou que 56% dos cargos operacionais e 43% dos cargos de gerência foram preenchidos com base no QI do candidato. Mas não estamos falando do famigerado "quociente de inteligência" e sim do "quem indicou". Networking, relacionamento, estas são as palavras de ordem. E há até quem opte por mudar de emprego graças à confiança depositada em quem lhe fez a indicação. Estes fatos levam-nos a algumas reflexões.

Sempre recebo mensagens de leitores comentando sobre sua insatisfação com a empresa em que trabalham. As queixas vão da falta de reconhecimento e ausência de desafios à baixa remuneração e inexistência de plano de carreira, passando inexoravelmente por problemas de relacionamento interpessoal, seja junto à direção, seja com os próprios colegas.

Estes profissionais vislumbram como única solução pedir demissão e buscar novos horizontes, como se o ambiente fosse a origem de todos os males, acreditando que em outra corporação os mesmos dissabores não acontecerão. Pior, há aqueles que optam pelo desligamento sumário da companhia, passando por uma semana de regozijo até caírem em si, e na realidade, de que nos assuntos relacionados ao dinheiro, como diria Victor Hugo, é preciso ser prático.

Diante dos fatos, alguns cuidados devem ser tomados para que uma proposta pretensamente interessante não se apresente como uma armadilha:

1. Cheque a oportunidade de trabalho. Verifique se a mesma é concreta e, mais ainda, permanente. Pode tratar-se de uma posição temporária e que não lhe garantirá estabilidade.

2. Pesquise a empresa. A internet é fonte inesgotável de informações. Acesse o site da empresa e, depois, os buscadores, para obter mais informações sobre o perfil da companhia e sua posição relativa no mercado. Dê especial atenção aos valores declarados pela organização a fim de observar se estão alinhados com seus valores pessoais.

3. Dissocie relações afetivas e profissionais. Se a indicação dada foi positiva, ótimo. E fim da história! Não convém associar o nome da pessoa que recomendou você ou lhe sugeriu a vaga durante o processo seletivo ou mesmo após o término deste. Seja grato, mas seja independente.

4. Prefira o pouco certo ao muito duvidoso. A menos que você disponha de uma boa herança ou alguém que lhe sustente, abdicar de uma remuneração trar-lhe-á mais preocupação, angústia e ansiedade. Peça demissão somente após ter firmado sua recolocação.

5. Caia fora na hora certa. Isso não é um jogo de pôquer, mas é um jogo. Se a proposta de trabalho não corresponder às promessas feitas ou não atender aos seus anseios, prepare sua saída o quanto antes evitando prolongar sua insatisfação.

Recorde-se sempre da importância do networking. Na Era da Integração, num mundo sem fronteiras e regido pela conectividade, não são dados ou informações, máquinas e tecnologia, que fazem a diferença. São pessoas. E mais do que isso, relacionamentos. Você possivelmente namora, casou-se ou vai se unir a alguém que conheceu em seus círculos de amizade. Possivelmente começou a fumar por influência de um colega. Torce pelo mesmo time que um de seus pais. Freqüenta academias ou clubes por indicação de alguém. Comparece à igreja a convite de um de seus pares. Analogamente, trabalha numa empresa ou mudará de emprego por recomendação de um conhecido.


Por isso, cultive o hábito de conversar com estranhos, pessoas que lhe avizinham num saguão de aeroporto ou numa simples fila no cinema ou no banco. Freqüente outros ambientes, seja um restaurante, um bar ou um museu, e converse com quem lhe rodeia. E lembre-se sempre de portar cartões de visita. Destas relações fortuitas, pode surgir um novo curso em sua vida. 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

VOCÊ APRENDE


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mãos e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa aprender que beijos não significam contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de algum tempo você aprende que o sol queima, se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando, e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família, que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que amigos mudam, percebe que seu velho amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida, são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar à pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa aonde já chegou, mas aonde esta indo, mas se você não sabe aonde esta indo qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute, quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que a mais de seus pais em você do que você suponha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dará o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar. Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare

Você pode fazer a diferença




Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.
No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.
Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.
A Sra. Teresa deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.
A professora do primeiro ano escolar de Ricardo havia anotado o seguinte: Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.
A professora do segundo ano escreveu: Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.
Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: a morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.
A professora do quarto ano escreveu: Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
A Sra. Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada.
Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel marrom de supermercado.
Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda, que Ricardo lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Tereza chorou por longo tempo...
Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.
Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.
Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Tereza recebeu uma notícia em que Ricardo lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.
Seis anos depois, recebeu outra carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.
Mas a história não terminou aqui. A Sra. Tereza recebeu outra carta, em que Ricardo a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.
Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume. Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido:
- Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.
Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: você está enganado ! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.
Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando.

Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...

sexta-feira, 24 de junho de 2016

A EDUCAÇÃO


Um dia desses, lemos em um adesivo colado no vidro traseiro de um veiculo a seguinte advertência: “minha educação depende da sua”!
Ficamos a imaginar qual seria o conceito de educação para quem pensa desta forma.
Ora, se nossa educação dependesse dos outros, certamente seria tão instável quanto a quantidade de pessoas com as quais nos relacionamos.
Ademais, se assim fosse, não formaríamos jamais o nosso caráter. Seriamos apenas o resultado do comportamento de terceiros. Refletiríamos como se fossemos um espelho.
A educação é arte de formar cidadãos e, por conseguinte, é o conjunto de hábitos adquiridos. Assim sendo, como fica a nossa educação se refletir tão somente o comportamento dos outros, como uma reação apenas?
O verdadeiro caráter é forjado na luta, na luta por dominar as más tendências, por não revidar uma ofensa, por retribuir o mal com o bem.
Um amigo tinha o costume de dizer: “bateu, levou”. Um dia perguntamos se ele admirava os mal-educados que tanto criticava. Imediatamente ele se posicionou em contrário:
- É claro que eu não aprovo pessoas mal-educadas. Então questionamos outra vez:
- Se não os admira, por que os imita?
Ele ficou um tanto confuso, pensou um pouco e respondeu:
É, de fato deveríamos imitar somente o que achamos bonito.
Dessa forma, a nossa educação não deve jamais depender da educação dos outros, menos ainda da falta de educação dos outros.
Não podemos nos espelhar naqueles que não são modelos nem de si mesmos. Construamos o nosso caráter com os exemplos nobres.
Quando tivemos que prestar contas às leis que regem a vida, não encontraremos desculpas para a nossa falta de educação, nem poderemos jogar a culpa nos outros, já que Deus nunca deixou a terra sem bons exemplos de educação e dignidade.
As rosas, mesmo com as raízes mergulhadas no estrume, se abrem para oferecer ao mundo o seu inconfundível perfume.
O sândalo, por ser uma árvore nobre, deixa suave fragrância impregnada no machado quer lhe dilacera as fibras.


Assim, nós também podemos dar exemplos dignos de serem imitados.

A INTEGRAÇÃO DE MIDIAS E PRATICAS PEDAGOGICAS


Segundo Perrenoud, a prática pedagógica deve considerar o educando, colocando-o no centro processo pedagógico, estimulando-o a partir de situações-problema encontradas no cotidiano para o desenvolvimento de competências e o aprimoramento de conhecimentos necessários à formação para a cidadania.
Se o objetivo principal da escola é a aprendizagem, é preciso valorizar a didática, o ensino, para que nossos alunos possam aprender a construir o conhecimento. Entendendo a aprendizagem numa perspectiva sócio-histórica, na visão de Vygotsky, a aprendizagem ocorre na interação com outros, mediada por ferramentas histórico-culturais significativas para o sujeito que interage. A escola precisa se apropriar das ferramentas como as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), que têm significado para os alunos, porque a linguagem foi construída no contexto histórico ao qual eles pertencem e pode facilitar a comunicação entre eles e professores, entre eles e o mundo.
A utilização das TICs como ferramenta mediadora na ação cognitiva de pessoas que passam a utilizá-las como ferramenta cultural, é pouco explorada nas escolas. O professor, ao utilizar o computador na interação com seus alunos, passa a ser visto como alguém próximo deles, que fala a mesma linguagem, que entende a cultura de sua geração. A criação de uma rede digital na qual os jovens se identificam, pode amenizar problemas de ordem cognitiva, emocional e afetiva do aluno com relação ao professor e ao aprendizado. Percebemos isso concretamente em nosso dia-a-dia no interior das escolas, nos casos de violência, no desinteresse de alunos e professores, em exames nacionais que quantificam o fracasso da aprendizagem e apontam como grande culpado o professor mal preparado.
As TICs podem desenvolver um papel importante para romper com esse formato de escola, fazem parte dos problemas diários enfrentados pelo professor progressista, comprometido em transformar a sociedade individualista e competitiva por outra, com relações cooperativas e solidárias.
Esse trabalho é, na maior parte do tempo, angustiante e solitário, mas desafiador e estimulante.
Ao analisar esse contexto profissional, podemos entender o que Perrenoud e Tardiff chamam de resistência dos professores à formação, ao estudo de novas práticas e à aceitação de novas tecnologias no ambiente escolar. O professor não se sente parte do processo de mudança da escola, porque os modelos pedagógicos não são construídos pelos professores, geralmente são colocados para serem seguidos como roteiros.
É necessário apontar também os fatores políticos e sociais que afetam diretamente os professores, como mudança de escolas, de gestores, de secretários da educação e política educacional, além da perda salarial que leva muitos professores a encararem a educação como um “bico” em sua vida profissional.



PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

CRASE



A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua portuguesa, crase é a fusão de duas vogais idênticas, mas essa denominação visa a especificar principalmente a contração ou fusão da preposição a com os artigos definidos femininos (a, as) ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo, aquiloutro, aqueloutro .
Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:
01) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento grave indicativo de crase diante de palavras que não sejam femininas.
Ex. O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra feminina.
                Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra feminina.
                Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar não é palavra feminina.
02) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir, voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, diante do que indicar destino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.
Ex.          Vou a Porto Alegre. Sem crase, pois Venho de Porto Alegre.
                Vou à Bahia. Com crase, pois Venho da Bahia.
Obs.: Não se esqueça do que foi estudado em Artigo.
03) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por outra masculina; se, diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.
Ex.          Assisti à peça. Com crase, pois Assisti ao filme.
                Paguei à cabeleireira. Com crase, pois Paguei ao cabeleireiro.
                Respeito as regras. Sem crase, pois Respeito os regulamentos.
Casos especiais:
01) Diante das palavras moda e maneira, das expressões adverbiais à moda de e à maneira de, mesmo que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, ocorre crase.
Ex.          Fizemos um churrasco à gaúcha.
                Comemos bife à milanesa, frango à passarinho e espaguete à bolonhesa.
                Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente.
02) Nos adjuntos adverbiais de modo, de lugar e de tempo femininos, ocorre crase.
Ex. à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, à esquerda, à vontade, à revelia ...
03) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre crase.
Ex. à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, à proporção que...
04) Diante da palavra distância, só ocorrerá crase, se houver a formação de locução prepositiva, ou seja, se não houver a preposição de, não ocorrerá crase.
Ex.          Reconheci-o a distância.
                Reconheci-o à distância de duzentos metros.
05) Diante do pronome relativo que ou da preposição de, quando for fusão da preposição a com o pronome demonstrativo a, as (= aquela, aquelas).
Ex.          Essa roupa é igual à que comprei ontem.
                Sua voz é igual à de um primo meu.
06) Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir a preposição a, ocorre crase.
Ex. A cena à qual assisti foi chocante. (quem assiste assiste a algo)
07) Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não ocorre crase.
Ex.          Referi-me a todas as alunas, sem exceção.
                Não gosto de ir a festas desacompanhado.
08) Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento, a não ser que cause ambigüidade.
Ex.          Preencheu o formulário a caneta.
                Paguei a vista minhas compras.
Nota: Modernamente, alguns gramáticos estão admitindo crase diante de adjuntos adverbias de meio, mesmo não ocorrendo ambigüidade.
09) Diante de pronomes possessivos femininos, é facultativo o uso do artigo, então, quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase.
Ex.          Referi-me a sua professora.
                Referi-me à sua professora.
10) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, quando esta for necessária ao elemento anterior ao até, portanto, caso haja substantivo feminino à frente, a ocorrência de crase será facultativa.
Ex. Fui até a secretaria ou Fui até à secretaria, pois quem vai, vai a algum lugar.
11) A palavra CASA:
A palavra casa só terá artigo, se estiver especificada, portanto só ocorrerá crase diante da palavra casa nesse caso.
Ex.          Cheguei a casa antes de todos.
                Cheguei à casa de Ronaldo antes de todos.
12) A palavra TERRA:
Significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo, conseqüentemente, quando houver a preposição a, ocorrerá a crase; significando chão firme, solo, só tem artigo, quando estiver especificada, portanto só nesse caso poderá ocorrer a crase.
Ex.          Os astronautas voltaram à Terra.
                Os marinheiros voltaram a terra.

                Irei à terra de meus avós.

É HORA DE ESCREVER CERTO



  
"Assim como não se espera que um indivíduo descubra sozinho as leis de trânsito – outro tipo de convenção social – não há por que esperar que os alunos das nossas escolas descubram sozinhos a forma correta de grafar as palavras"



Há vários motivos para você ensinar seus alunos a escrever de forma correta. Além de estimular o aprendizado da língua oficial, o conhecimento das normas ortográficas ajuda o aluno a superar o medo de se expressar por escrito e, diferentemente do que muitos acreditam, não afeta em nada a criatividade. Ao contrário, no momento em que dominam as palavras com segurança, as crianças não precisam parar toda hora para verificar a grafia e podem voltar toda a atenção para o desenvolvimento da história, e isso vale desde os primeiros anos do Ensino Fundamental.

O ensino da ortografia deve ter inicio assim que o estudante começa a entender o sistema de escrita alfabética, de preferência ainda no 1º ano, quando tiver aprendido o valor sonoro das letras e já puder ler e escrever pequenos textos.

É preciso deixar bem claro para os alunos que todas as regras ortográficas são fruto de uma convenção social, de um acordo estabelecido pelos especialistas cujo objetivo é padronizar a escrita e que no mundo em que vivemos quem não domina essa convenção corretamente é discriminado.

O domínio da escrita alfabética nem sempre é homogêneo em cada sala de aula e o número de erros num texto nunca deve ser usado como parâmetro de avaliação.

Quem não cria oportunidades de reflexão sobre as dificuldades ortográficas do idioma não pode nunca exigir que o aluno escreva certo.

A convenção que unifica a escrita das palavras em Língua Portuguesa exige algum esforço para ser compreendida. Observe os casos mais frequentes:



REGULARES – São palavras cuja grafia podemos prever e escrever, mesmo sem conhecê-las, porque existe um "principio gerativo", regra que se aplica à maioria das palavras da nossa língua. AS correspondências regulares podem ser de três tipos:



DIRETAS – Inclui a grafia das palavras com p, b, t, d, f e v (exemplo: pato, bode ou fada). Não há outra letra competindo com elas, mas é comum a criança ter dificuldade para usá-las por causa do pouco conhecimento da pronúncia.

CONTEXTUAIS – A "disputa" entre o r e o rr é o melhor exemplo desse tipo de correspondência. A grafia que devemos memorizar varia em função do som da letra. Por exemplo: para o som do "r forte", usamos r tanto no inicio da palavra (risada), como no começo de silabas precedidas de consoante (genro). Quando o mesmo som de "r forte" aparece entre vogais, sabemos que temos que usar o rr (carro, serrote). E quando queremos registrar o outro som do r, que alguns chamam de brando, usamos só um r, como em careca e braço. Essa variedade explica por que, a princípio, as crianças têm tanta dificuldade.

MORFOLÓGICO-GRAMATICAIS – Nesse caso são os aspectos ligados à categoria gramatical da palavra que estabelecem a regra com base na qual ela será escrita. Por exemplo: adjetivos – que indicam o lugar onde a pessoa nasceu se escrevem com esa (francesa, portuguesa), enquanto substantivos derivados se escrevem com eza (certeza, de certo; avareza, de avaro). Na maioria dos casos essas regras envolvem morfemas (partes internas que compõem a palavra), sobretudo sufixos que indicam a família gramatical.



IRREGULARES – Não há regras que ajudam a escrever corretamente. A única saída é memorizar a grafia ou recorrer ao dicionário. Elas se concentram principalmente na escrita:
·         do som do s (seguro, cidade, auxilio)
·         do som do j (girafa, jiló)
·         do som do z (zebu, casa)
·         do som do x (enxada, enchente)
·         o emprego da h inicial (hora, harpa)
·         a disputa entre e, i, o, e u em sílabas átonas que não estão no final de palavras (seguro, tamborim)
·         ditongos que têm pronuncia "reduzida" (caixa, madeira, vassoura).


BIBLIOGRAFIA

O aprendizado além da ortografia, Artur Gomes de Miranda (org.) Revista Nova Escola