As
transformações ocorridas no ambiente competitivo trazem impactos a todas as
áreas da organização, como a atuação em uma economia globalizada, o
desenvolvimento da tecnologia da informação, a necessidade de maior eficiência
e inovação, a pressão pela qualidade e a ênfase no cliente, que se torna cada
vez mais exigente.
E
não é de estranhar que a área de RH também passe por mudanças. Nesse sentido,
você pôde perceber que a área de gestão de pessoas ganha cada vez mais
relevância, em particular na implantação de modelos de valorização das
competências que permitam medir o desempenho e desenvolver políticas de
retenção de talentos. Além disso, é possível perceber que o RH assume nova
função estratégica, ultrapassando o âmbito estritamente operacional para
participar do alinhamento com a direção da empresa.
Essa
condição permite reduzir dissonâncias a respeito da missão, da visão e dos
objetivos estratégicos, além de promover o espírito de pertencimento e
motivação aos valores institucionais.
Esse
novo papel demonstra que, com uma gestão bem-sucedida de pessoas, a organização
é capaz de gerar excelentes resultados financeiros, por contar com indivíduos
capacitados e comprometidos, que se transformam no diferencial competitivo,
decorrente da valorização do potencial humano.
A
opção pelo modelo de gestão de pessoas por competências tem íntima relação com
as diretrizes estratégicas da organização.
A
definição das estratégias de empresa e o sucesso do planejamento, como um
conjunto integrado de compromissos e ações para explorar as competências
essenciais da empresa e obter vantagem competitiva, dependem do envolvimento
das pessoas que atuam nas organizações, nos diferentes níveis hierárquicos e da
importância de todos estarem alinhados com essas declarações estratégicas da
empresa, buscando o futuro comum. Para a efetividade do planejamento
estratégico, este deve ser concebido da forma adequada, ouvindo-se os prováveis
atores envolvidos no processo de execução e sintonizando-se com os objetivos da
empresa, de maneira que sejam exploradas as condições favoráveis para o alcance
dos objetivos.
Tal
prática torna necessário revisar ou investir no engajamento em quatro
indicadores organizacionais, que são:
·
Definição do negócio
·
Missão
·
Visão de futuro
·
Identificação dos valores
organizacionais
A
presença do profissional de RH é fundamental, pois será essa a área que
contribuirá para o alcance dos objetivos corporativos e, ao mesmo tempo,
buscará atender às necessidades dos colaboradores.
Uma
gestão do desempenho depende da definição dos passos necessários para sua
implantação, desde a definição das competências necessárias para a empresa, o
engajamento da direção ao projeto e um modelo de acompanhamento dos resultados.
Por
uma sequência de blocos apresentados por Gramigna, foi possível visualizar
quais as principais ações a serem seguidas, com a visualização de um modelo de
competências, alinhado às estratégias organizacionais. Além do mapeamento das
competências, o modelo propõe os seguintes critérios:
·
A criação de um banco de talentos e
como realizar a avaliação de potencial
·
A integração com o plano individual de
desenvolvimento de competências
·
A relação com o projeto institucional
de capacitação por competências
·
Processo de execução do modelo para a
gestão do desempenho.
A
implantação de um modelo estruturado, a partir desses critérios, permite que as
ações de gestão do desempenho estejam adequadas tanto às normas ISO 9001 como
ao plano de carreira e remuneração da
empresa, pois o sistema de avaliação traz como consequência o
direcionamento das ações de forma compartilhada, o engajamento às metas e
acesso às recompensas pelos resultados alcançados.
O
mapeamento de competências auxilia a empresa a definir quais os critérios
técnicos e comportamentos que deseja de seus funcionários (conhecimentos,
habilidades e atitudes) e como podem ser gerenciados para o sucesso dos
negócios.
Dentre
os benefícios do mapeamento de competências, podemos destacar a clareza de
critérios para avaliação de desempenho, de acordo com as competências-chave do
negócio, estabelecimento de políticas para promoção interna e banco de
talentos, suporte ao processo de recrutamento e seleção em alinhamento com as
competências essenciais da organização, aproveitamento do potencial humano para
atingimento de metas e implantação de programas de treinamento e
desenvolvimento que efetivamente estejam orientados para o aprimoramento de
pessoal.
Portanto,
o processo de mapeamento de competências possibilita identificar e criar
taxonomias de classificação das competências importantes a serem apresentadas
pelas equipes e como podem ser mensuradas posteriormente em critérios
objetivos.
A
importância do desenvolvimento do banco de talentos para identificação de
potencial, seja aplicado ao recrutamento de novos colaboradores como ao
mapeamento nos processos seletivos internos. A ampliação do conceito de
inteligência aplicada ao ambiente de trabalho no atual momento competitivo e
quais as exigências que são apresentadas ao profissional de Recursos Humanos
para a gestão do desempenho. No caso dos processos de seleção por competências,
foram apresentadas várias estratégias, cuja aplicação dependerá da análise das
demandas da organização. Como cada uma delas apresenta vantagens e
desvantagens, cabe ao profissional responsável pelo processo e sua capacidade
de interação com detentor da vaga, traçar os caminhos necessários para que os
resultados sejam os mais assertivos possíveis, no sentido de atender a demanda
pela escolha do profissional mais adequado à vaga, reduzindo custos com novos
processos seletivos, treinamento ou insatisfação do colaborador, já que o ganho
deve ser recíproco.
O
modelo de gestão de pessoas baseado na gestão de resultados consiste nas
seguintes etapas: identificação,
desenvolvimento, avaliação e recompensa dos talentos.
Nesse
processo, para o gerenciamento e manutenção dos resultados, o grande desafio
das organizações constitui-se em reter e manter os seus talentos, o que é
melhor gerenciado quando há um conhecimento sobre os perfis de competências que
já se possui e quais são aqueles estratégicos para o cumprimento de suas metas.
O Banco de Talentos auxilia tanto no mapeamento como no processo de recompensa
por meio de resultados atingidos, em processos de avaliação de desempenho. Da
mesma forma, refletiu sobre a importância do autoconhecimento, como forma de
desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes, pois este processo depende
tanto da empresa como da abertura do próprio colaborador.
A
evolução dos modelos de avaliação de desempenho, em particular sobre a
transição do modelo tradicional para metodologias alinhadas às políticas de
gestão participativas, como a Avaliação 360°.
A
organização que faz uso da avaliação de desempenho 360º tem vantagens, como uma
maior aprovação por parte dos avaliados, pois o fato de serem avaliados por
pessoas diferentes e de forma recíproca proporciona um aumento do senso de
justiça, a segurança e comprometimento com o processo. Além disso, os
resultados tendem ser mais confiáveis e impessoais uma vez que existe um maior
controle quanto aos diferentes feedback emitidos pelo avaliador.
A
importância das ferramentas de gestão de resultados como subsídios ao gestor
para orientação de carreira e desenvolvimento de competências, bem como os
critérios para a efetiva aplicação no dia a dia de gestão da equipe. A
importância do uso de indicadores de desempenho, para que se possa avaliar a
relação entre o esperado X o realizado e, a partir da diferença entre eles,
seja possível tomar decisões quanto ao autodesenvolvimento ou investimento em
programas de capacitação e treinamento.
Alguns
pontos são relevantes para o processo de retenção de talentos, como liderança
em equipes de alto desempenho, gestão das emoções no ambiente de trabalho,
comunicação interpessoal e as tendências no gerenciamento da criatividade e
inovação.
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