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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Formas de trabalhar a Literatura Infantil




Sabemos que está cada vez mais difícil despertar nas crianças o hábito da leitura, o prazer de ler, imaginar histórias e escrever, conseguindo externar seus sentimentos, suas impressões, suas opiniões, etc. Elas preferem estar à frente da TV, do vídeo game ou do computador, onde tudo está pronto, muito bem elaborado, cheio de efeitos fantásticos.

Porém, embora a tecnologia e a globalização tenham papéis importantes no desenvolvimento cultural, não podemos permitir que os livros e a literatura fiquem para a criança como algo chato, obrigatório, desestimulante. Trabalhar com a literatura deve ser prazeroso, interessante e criativo.

Histórias e faixas etárias











 

Detalhes importantes para a seleção das histórias

1.     Para trabalhar com uma história devemos gostar dela. Do contrário, o trabalho não será agradável, será cansativo e a criança perceberá a falta de entusiasmo do educador e também não se sentirá entusiasmada. É importante que a história seja lida antes e, caso não agrade, deve-se trocá-la por outra, que contenha o mesmo objetivo procurado e que agrade. Não faltam ótimas histórias e excelentes autores.

2.     Verificar se a história está adequada à idade e a realidade da criança. Algumas coleções já trazem a faixa etária indicada.

3.     Observar se a história tem um conteúdo rico e interessante que possa dar margem a um bom trabalho.

4.     Perceber se as ilustrações são boas. Às vezes, uma história excelente pode não ser bem ilustrada. Tem-se a opção de sugerir que as próprias crianças criem ilustrações para a história.

5.     Em todas as idades é sempre interessante trabalhar com temas associados a realidade de cada turma.

Contos de fadas

Os contos de fadas são histórias originadas na tradição popular e que vêm atravessando gerações e gerações sem modificar a sua estrutura básica. Isto acontece porque estes contos partem das emoções naturais do ser humano, que são transformadas em personagens imaginários de um mundo de fantasia, que somos nós, o nosso mundo interior.

É por isso que somos tocados tão profundamente por estes contos, às vezes levando-nos de forma inconsciente, a buscar durante toda a vida por situações semelhantes.
Exemplo: a procura eterna da “Cinderela” ou de um “Príncipe Encantado”.

Essa observação é para chamar a atenção para a importância da seleção dessas histórias

Existe o momento certo no desenvolvimento da criança para a introdução de cada um desses contos, de acordo com sua maior ou menor complexidade, pois sua estrutura básica não deve ser modificada. Por exemplo, não se pode transformar o “lobo mau” em “lobo bom”, anulando assim a sua função na história, que no caso, seria a de entrarmos em contato com os medos e as dificuldades para, então, conseguir vencê-los.

É realmente importante que tomemos cuidado ao trabalhar com contos de fadas para que não seja prejudicada a riqueza dos resultados que podem ser alcançados.

Atividades a partir da história

Uma vez que a história já tenha sido escolhida e o tema seja adequado, basta usar a criatividade e trabalhá-la até esgotar as possibilidades. Infelizmente, a forma de utilização dos livros de leitura nas escolas, na maioria das vezes, não tem sido a ideal.

As crianças leem o livro para fazer uma prova de interpretação. Esse procedimento ao invés de despertar o interesse pela leitura acaba por fazer dela uma obrigação, uma coisa chata e repetitiva e até sem sentido, já que uma prova não é suficiente para avaliar alguém, ainda mais em se tratando de um assunto tão subjetivo como a interpretação.

A ideia é tornar interessante e divertida esta parte importante do aprendizado.






 É fundamental que as crianças sejam ouvidas. Cada criança terá a sua impressão pessoal sobre a história, que nem sempre será positiva e isto deve ser respeitado e, nesse caso, deve-se trabalhar no sentido de levar a criança a identificar o que não agradou e permitir que ela crie novas soluções para a situação, observando que de alguma forma a situação está presente em sua vida.

Não só a leitura é importante, mas também criar histórias, crônicas, letras de musicas, poesias.


Referência
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. Editora Scipione, 1991.

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