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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Material de Estudos - Disciplina: Alfabetização e Letramento







Soares (2011) destaca três pontos de vista no debate sobre o conceito de alfabetização:
(1) a língua escrita não pode ser entendida apenas como a mera representação da língua oral;
(2) há diferenças entre a língua escrita e a língua oral;
(3) a concepção de alfabetização não é igual em todas as sociedades. Os dois primeiros consideram a alfabetização como sendo um processo individual, já o terceiro ponto de vista entende como um processo social.
Para ser um bom leitor e bom escritor é preciso garantir uma comunicação contextualizada.
É preciso diferenciar
• Aquisição da língua oral e escrita
• Processo de desenvolvimento da língua (oral e escrita)
• Não há preocupação com a satisfação no trabalho e com o relacionamento social do empregado.
Alfabetização, então, é
• É um fenômeno de natureza complexa, multifacetado.
• Entender alfabetização envolve compreender as perspectivas psicológica, psicolinguística, sociolinguística e linguística.
Foco da análise Psicológica
• Recentemente voltou-se para abordagens cognitivas, sobretudo no quadro da Psicologia Genética de Piaget.
• Seguindo a linha teórica piagetiana (teoria dos processos de aquisição de conhecimento), temos:
• Emília Ferreiro: precursora do construtivismo.
Teoria
•Emília Ferreiro (apud, SOARES, 2011), em suas investigações sobre os estágios de conceitualização da escrita e o desenvolvimento ‘lecto-escrita’ na criança, percebeu que o sucesso ou o fracasso da alfabetização está relacionado com o estágio de compreensão da natureza simbólica da escrita em que se encontra a criança.
•Ferreiro procura ver a criança no seu processo de aquisição da escrita.
•Ou seja, seus estudos nos levam a procurar verificar o que a criança sabe e o que ela não sabe.
Por que isso é importante?
•porque é, no que a criança ainda não sabe, naquilo que ela pode e tem condições de fazer com ajuda, com interferência de alguém, que o professor vai atuar.
Ferreiro não criou um método de alfabetização e, sim, procurou observar como se realiza a construção da linguagem escrita na criança.
Para Reflexão
•a escrita da criança não é resultado do simples ato de copiar de um modelo externo. É um processo de construção pessoal.
•Permitem maior precisão e objetividade, porém demanda mais tempo e custo durante a implantação.
Fase da criança em relação à escrita: os níveis
1) Nível Pré-Silábico:
A criança começa a perceber que a escrita representa aquilo que é falado e já sabe que uma palavra é formada por várias letras (no mínimo três), mas ainda não se preocupa com a posição de cada letra.
Elas as utilizam de forma aleatória, pegam letras do seu nome ou de seu universo já conhecido. Exemplo: COJABOJEO (CAVALO)
2) Silábico:
A criança começa perceber as letras naquilo que é falado, assim cada letra passa a valer uma sílaba. No entanto, as letras ainda são utilizadas sem seu valor sonoro convencional. Exemplo: BOEA
(BORBOLETA);
3) Silábico Alfabético:
Essa hipótese corresponde a um período de transição no qual ora a criança utiliza uma letra para cada sílaba e ora reconhece os demais fonemas. Exemplo: SAPTO para SAPATO);
4) Alfabético:
A criança já consegue reproduzir adequadamente todos os fonemas de uma palavra, entendendo que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro menor do que a sílaba.
Nessa fase, ainda persistem alguns erros ortográficos e a criança confunde, por exemplo, S e SS, X e CH. Exemplo: DINOÇARO (DINOSSAURO).
Para pensar
•O conceito de Letramento passou a envolver a ação de estar em contato com distintos tipos de texto e compreender o que ele traz. Isso é um retrocesso.
•“Eu me nego a aceitar um período de decodificação prévio àquele em que se passa a perceber a função social do texto [...]” (FERREIRO, 2004)
Letramento: são as consequências sociais e históricas da introdução da escrita em uma sociedade. “as mudanças sociais e discursivas que ocorrem em uma sociedade quando ela se torna letrada” (KLEIMAN, 1995, p. 20)
•Qual é o núcleo do conceito de letramento?
São as práticas sociais de leitura e de escrita, para além da aquisição do sistema de escrita, ou seja, para além da alfabetização. (KLEIMAN, 1995, p. 15)
Os estudos de Ferreiro e Teberosky foram sendo intensamente divulgados no Brasil e passaram a nortear a reflexão e a prática pedagógica no campo da alfabetização.
A importância do Método Fônico no processo de Alfabetização
•Há quatro momentos históricos no processo de alfabetização.
1. O método como ensino da leitura
Até o final do Império Brasileiro Para o ensino da leitura, utilizavam-se, nessa época, métodos de marcha sintética (da "parte" para o "todo"):
Ou seja:
Soletração (alfabético): partia-se do nome das letras;
Fônico: partia-se dos sons correspondentes às letras;
Silabação (emissão de sons): partia-se das sílabas.
2. A institucionalização do método analítico
Uma das características deste método é que a leitura deveria iniciar-se pelo “todo” para as “partes”.
3. A alfabetização na medida certa a alfabetização passa a ser vista como uma questão de “medida”, pois o método de ensino se subordina ao nível de maturidade das crianças em classes homogêneas.
Reflexão
O aprendizado da escrita ainda era considerado “mecânico” ou “instrumental” dependendo das habilidades de leitura. (MORTATTI, 2006)
4. Alfabetização: construtivismo x método fônico
Este período se inicia na década de 1980 com a preocupação em relação ao fracasso escolar das crianças.
Como devemos pensar a alfabetização?
No sentido técnico, a alfabetização significa relacionar sons com letras, fonemas com grafemas, para codificar ou para decodificar. Envolve, também, o aprendizado de como segurar o lápis, por exemplo;
No sentido linguístico, envolve o reconhecimento da língua, como código e como instrumento necessário no processo de comunicação.
O conceito de alfabetização é resignificado ao longo do processo histórico.
•O termo comportou abarca diferentes sentidos e foi apresentado de diferentes formas:
•“ensino das primeiras letras”; “ensino de leitura”; “ensino simultâneo de leitura e escrita”.
A importância da Consciência Fonológica no processo de Alfabetização
• Mas o que é consciência Fonológica?
É um conjunto de habilidades que vão desde uma percepção da palavra, no que se refere ao seu tamanho, até as semelhanças fonológicas entre as palavras e sua segmentação e entre as sílabas e os fonemas.
Ou seja:
•Seria a percepção que as palavras seriam construídas por diversos sons.
consciência fonológica se desenvolve em crianças entre seis e sete anos de idade na medida em que a criança adquire conhecimentos de palavras, sílabas, fonemas grafemas.
O que envolve a consciência fonológica?
Envolve o reconhecimento pela criança de que as palavras são formadas por diferentes sons que podem ou não ser manipulados. E abrangem não só a capacidade de reflexão, mas ainda a de operação com fonemas, sílabas, rimas e aliterações (MEDEIROS e OLIVEIRA, 2008).
Esta pode ser dividida três níveis: rimas e aliterações (exemplo: café – boné); sílabas (exemplo: fada – faca) e fonemas (exemplo: vida – vento).
A consciência fonológica pode ser dividida em três tipos:
Consciência sintática,
Consciência de sílabas,
Consciência de fonemas.
•Quais as dificuldades que as crianças apresentam no seu processo de aquisição de leitura e escrita?
•Qual o papel do educador neste processo de alfabetização?
Questões importantes
•O que é alfabetização?
•Quais as suas características?
•Para que ela serve?
•Há mais de um modo de se alfabetizar um indivíduo?
Vamos refletir
Se a intenção da escola é formar pessoas leitoras e escritoras competentes, é necessário dar sentido ao ato de ler e de escrever.
Mas como atingir esse objetivo?
É função da escola, mais do que alfabetizar é tornar possível aos seus alunos o domínio de um código e, por meio desse, a convivência com uma infinidade de gêneros e situações comunicativas.
Reflexões sobre a importância do processo de aquisição da língua escrita
A escrita deve ser prazerosa e significativa para a criança, caso contrário, poderá se tornar um adulto que não tenha o domínio da língua escrita.
A forma melhor de propor a aquisição da escrita, é por meio da formulação de hipótese e experimentação da escrita.
Professor Mediador
•O professor mediador precisa ter a sua atenção voltada para a análise do caminho pelo qual seu aluno percorre para chegar à resolução de situações desafiadoras na aprendizagem
•Detectar as estratégias


Referências
 SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6ª ed. São Paulo: Contexto, 2011.

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