A
personalidade é composta justamente por características estáveis, ou seja,
características únicas que podem ser reconhecidas em qualquer situação em que o
indivíduo esteja.
A
personalidade não é formada apenas por características individuais e/ ou por
aspectos hereditários. Os estudos sobre aspectos ambientais também servem como
referência para a composição da personalidade, visto que influências
familiares, educacionais e de grupos dos quais o indivíduo participe podem
contribuir para sua formação.
Teorias
da personalidade, segundo Caravantes, Caravantes e Kloeckner (2008)
1.
Teoria dos Traços
A
teoria dos traços é definida pela determinação de padrões de comportamento
segmentados em traços. Este estudo permite um maior entendimento dos
indivíduos. No entanto, com o passar dos anos, essa teoria abarcou e
identificou diversos traços distintos e relevantes para a formação da
personalidade, o que trouxe como consequência dificuldades nos estudos.
Recentemente,
como salientam Caravantes, Caravantes e Kloeckner (2008), um grupo de
pesquisadores em Comportamento Organizacional concluiu que era possível reduzir
as centenas de traços definidos em apenas cinco fatores, conhecidos como “Big
Five”:
·
Extroversão: sociável e assertivo.
·
Agradabilidade: cooperativo,
agradável.
·
Consciência: organizado e confiável.
·
Estabilidade emocional: calmo e
autoconfiante.
·
Abertura à experiência: criativo,
curioso e culto.
Apesar
das inúmeras pesquisas para a credibilidade da Teoria dos traços, Caravantes,
Caravantes e Kloeckner (2008) ressaltam que essa é uma teoria que tem recebido
muitas críticas, pois somente a definição dos traços não é suficiente para
completar a personalidade, justamente por não possuir característica de
estabilidade.
2.
Teoria Psicodinâmica
A
Teoria Psicodinâmica traz a proposta de que o inconsciente humano é a base para
seu comportamento. Por ser um trabalho proveniente do criador da psicanálise,
Sigmund Freud, a teoria psicodinâmica é uma referência entre os estudiosos,
justamente por trabalhar com a análise dos instintos, consciências, preceitos e
valores individuais.
Destaca-se
nessa teoria a composição de três elementos para a formação da personalidade:
• Id:
instintos e impulsos, sem censura.
• Superego:
consciência fundamentada em valores e preceitos.
• Ego:
controle entre o id e o superego. Solução de compromisso = negociação da realidade.
Essa
teoria é de grande valia, pois utiliza o inconsciente para justificar o
comportamento humano.
3.
Teoria Humanista
A
Teoria Humanista está fundamentada nas propostas de Carl Rogers, que por sua
vez, propõe a formação da personalidade por meio do Drive e do Self, que são
respectivamente os impulsos internos voltados para autorrealização, crescimento
e aprimoramento do indivíduo.
4.
Abordagem Integrativa
Após
diversos estudos, pesquisadores mais recentes trazem a proposta de que a
personalidade é composta pela união de emoções, cognições, atitudes,
expectativas e fantasias.
Em
se tratando de teorias de personalidade, é possível compreender que as pessoas,
apesar de distintas, possuem também suas semelhanças, permitindo que os estudiosos
agrupem os indivíduos em dois tipos psicológicos (introvertidos e
extrovertidos), em dois tipos de percepção (sentindo e intuindo) e em dois
tipos de julgamento (pensando e sentindo).
O
tipo psicológico do indivíduo também é formado por um conjunto de preferências
combinadas. As preferências combinadas básicas, destacadas pelos autores
Geraldo Caravantes, Cláudia Caravantes e Mônica Kloeckner (2008) são:
• Extroversão
x Introversão.
• Sensor x
Intuidor.
• Pensador x
Sentimentos.
• Julgador x
Perceptor.
Referências
CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER,
M. C. Comunicação e comportamento organizacional. Porto Alegre: ICDEP, 2009
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