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quarta-feira, 30 de março de 2016

GESTÃO DE CARREIRAS



Existem dois fatores na arte do gerenciamento de carreira que costumam ser negligenciados por executivos e profissionais em geral: networking e marketing pessoal. Atualmente estão muito relacionados, pois o networking é o meio mais eficiente de se conseguir divulgação no mercado.
 É uma forma de fazer com que o mercado, leia-se empresas de search, executivos, empregadores em potencial, conheçam suas competências e diferenciais.
Mas vamos abordar o conceito de networking com um pouco mais de profundidade. A experiência com executivos mostra que eles têm mais facilidade e disponibilidade de investir tempo e dinheiro num curso de MBA que em almoços e happy hours com contatos. Ou seja, parece existir uma resistência a “gastar tempo” com contatos, o que é muitas vezes expresso com desculpas como: “estou muito ocupado”, “não tenho tempo”, só posso almoçar com colegas da empresa”, “não gosto de misturar vida pessoal e profissional”, etc. No entanto, em termos de empregabilidade e gerenciamento de carreira, cultivar sua rede de relacionamentos é tão importante quanto investir em um curso de MBA ou em idiomas.
Portanto, todos os executivos e profissionais em geral deveriam entender networking como “uma questão de sobrevivência”.
1.  Lembrar que cada novo contato deve se tornar um relacionamento, alguém com quem você falará alguma vezes por ano, pelo menos, e não um contato de uma única vez.
2.  Tentar desenvolver contatos com um foco de carreira dentro de um segmento ou indústria ou área de atuação. Ninguém conseguirá ter contatos com todo o mercado de trabalho.
3.  Tornar networking um hábito e não um esforço: reservar um ou dois almoços por semana para networking, procurar conversar com pessoas em congressos, seminários, e quem sabe descobrirá alguém para desenvolver e manter contato.
4.  Desenvolver suas habilidades de relacionamento e empatia, pois esta é uma competência essencial não somente para fazer networking, como para seu crescimento como profissional.
5.  Busque retomar antigos contatos em épocas prósperas, contando boas notícias e não somente quando está em transição de carreira ou precisando de um favor.
6.  Não perca oportunidade de conversar com um consultor de carreira ou headhunter, esta reunião pode ser o início de um relacionamento e eles podem se tornar grandes aliados ou conselheiros.
Toda carreira precisa de objetivos bem definidos, de um foco, claro que com alguma maleabilidade, mas o profissional precisar esmiuçar tudo o que pretende em cada empresa em que trabalha. Assim, fica mais fácil alcançar as propostas.

Essa "organização de objetivos" pode ser feita por meio de um plano de carreira. Esse é um trabalho que exige muito planejamento e, da parte do seu orientador, muito conhecimento a respeito do histórico profissional. No seu plano deve estar o seu projeto de vida, o de carreira, o que deseja realizar na empresa, suas experiências anteriores e suas correções futuras.

Inicialmente, você deve fazer anotações de tudo o que lembra e seguir alguns tópicos para organizar os dados, sempre fazendo anotações. Só depois de rascunhar tudo é que você deve avaliar as informações. É uma grande pesquisa sobre sua vida, carreira, e da empresa em que está inserido. Veja algumas sugestões:

Primeiro verifique seus objetivos de carreira, veja quais são seus pontos fortes para atingir este objetivo e quais seus pontos a desenvolver.

Lembre de suas experiências anteriores e veja o que pode aproveitar ou mesmo implantar na empresa em que trabalha. Relembre também motivos de desligamento, o que poderia ter feito e tente colocar no seu plano de carreira atual.

Faça um plano de ação envolvendo datas, ações, pessoas com quem gostaria de compartilhar seu plano, etc.

Converse com seu chefe para confirmar se suas sugestões de desenvolvimento estão alinhadas com as dele. Tente buscar o máximo possível de informações com seus pares, chefe e subordinados, pois através das expectativas deles, conseguirá definir focos. Mas lembre-se: só é útil aquilo que é pertinente ao seu projeto de carreira e de vida.

Existem vários instrumentos que auxiliam nesse processo, como a avaliação 360º. Essa ferramenta verifica se os profissionais possuem ou não competências consideradas importantes para o cargo que ocupam (ou para a empresa), em que grau eles as possuem e quais as ações necessárias para seu desenvolvimento. A partir desta identificação será possível estabelecer planos específicos de treinamento, desenvolvimento e/ou remanejamento.


SEJA CISNE
Por Roberto Shinyashiki

Talvez o maior desafio da vida moderna seja sermos nós mesmos em um mundo que insiste em modelar nosso jeito de ser.
Querem que deixemos de ser como somos e passemos a ser o que os outros esperam que sejamos.
Aliás, a própria palavra "pessoa" já é um convite para que você deixe de ser você.
"Pessoa" vem de "Persona", que significa "máscara".
É isso mesmo: coloque a máscara e vá para o trabalho. Ou vá para a vida com a sua máscara.
Talvez o sentido do elogio: "Fulano é uma boa pessoa", signifique na verdade: "Ele sabe usar muito bem a sua máscara social".
Mas qual o preço de ser bem adaptado?
O número de depressivos, alcoólatras e suicidas aumenta assustadoramente.
Doenças de fundo psicológico como síndrome do pânico e síndrome do lazer não param de surgir.
Dizer-se estressado virou lugar-comum nas conversas entre amigos e familiares.
Esse é o preço.
Mas pior que isso é a terrível sensação de inadequação que parece perseguir a maioria das pessoas.
Aquele sentimento cristalino de que não estamos vivendo de acordo com a nossa vocação.
E qual o grande modelo da sociedade moderna? Querer ser o que a maioria finge que é. Querer viver fazendo o que a maioria faz.
É essa a cruel angústia do nosso tempo: o medo de ser ultrapassado em uma corrida que define quem é melhor, baseada em parâmetros que, no final da pista, não levam as pessoas a serem felizes.
Quanta gente nós não conhecemos, que vive correndo atrás de metas sem conseguir olhar para dentro da sua alma e se perguntar onde exatamente deseja chegar ao final da corrida?
A maior parte das terapias prega que as pessoas não olham para dentro de si com medo de encontrar a sua sombra.
Porém, na verdade, elas não olham para dentro de si por medo de encontrar sua beleza e sua luz.
O que assusta é o receio de se deparar com a sua alegria de viver, e ser forçado a deixar para trás um trabalho sem alegria.
Mas sejamos francos: para quê manter um trabalho sem alegria? Só para atender às aspirações da sociedade?
Basta voltar os olhos para o passado para ver as represálias sofridas por quem ousou sair dos trilhos, e, mais que isso, despertou nas pessoas o desejo de serem elas mesmas.
Veja o que aconteceu a John Lennon, Abraham Lincoln, Martin Luther King, Isaac Rabin?
É muito perigoso não ser adaptado!
Essa mesma sociedade que nos engessa com suas regras de conduta, luta intensamente para fazer da educação um processo de produção em massa. Porque as pessoas que vivem como máquinas não questionam a própria sociedade.
A maioria das nossas escolas trabalha para formar estudantes capazes de passar no vestibular.
São poucos os educadores que se perguntam se estão formando pessoas para assumirem a sua vocação e a sua forma de ser.
As escolas de música ensinam com os mesmos métodos as mesmas músicas. Quase todas querem formar covers de Mozart ou covers dos Beatles. É raro um professor com voz dissonante que diga para seus alunos: "Aqui você vai aprender idéias, para liberar o músico que existe dentro de você".
Os MBA's, tão na moda, na sua maioria, usam os mesmos livros, dão as mesmas aulas, com o objetivo não explicitado de formar covers do Jack Welch ou do Bill Gates.
O que poucos sabem é que nenhum dos dois fez MBA.
Bill Gates, muito ao contrário disso, abandonou a idolatrada Harvard para criar uma empresa na garagem, que se transformou na poderosa Microsoft.
Os MBA's são importantes para que o aluno aprenda alguns instrumentos de administração. Mas alguém tem de dizer ao estudante: "Utilize essas  ferramentas para implementar suas idéias, para ser intensamente você".
Quantos casos de genialidade que foram excluídos das escolas porque estavam além do que o sistema de educação poderia suportar.
Conta-se que um professor de Albert Einstein chamou seu pai para dizer que o filho nunca daria para nada, porque não conseguia se adaptar.
Os Beatles foram recusados pela gravadora Deca!
O livro foi recusado por 13 editoras!
Caetano Veloso foi vaiado quando apareceu com a sua música "Alegria, Alegria!".
O projeto da Disney Word foi recusado por 67 bancos!
Os gerentes diziam que a idéia de cobrar um único ingresso na entrada do parque não daria lucros.
O genial Steven Spielberg foi expulso de duas escolas de cinema antes de começar a fazer seus filmes, provavelmente porque não se encaixava nos padrões comportamentais e técnicos que a escola exigia que ele seguisse.
Só há pouco tempo é que ele ganhou um título de "honoris causa" de uma faculdade de cinema.
E recebeu o titulo pela mesma razão que foi expulso anteriormente: ter assumido o risco de ser diferente, por não ceder à padronização que faz com que as pessoas pareçam seres saídos de linhas de montagem.
A lista de pessoas que precisaram passar por cima da rejeição porque não se adaptavam ao esquema pré-existente é infinita.
A sociedade nos catequiza para que sejamos mais uma peça na engrenagem e quem não se moldar para ocupar o espaço que lhe cabe será impiedosamente criticado.
Os próprios departamentos de treinamento da maioria das empresas fazem isso.
Seres humanos não deveriam ser treinados, e sim estimulados a dar o melhor de si em tudo o que fazem.
Resultado: a maioria das pessoas se sente o patinho feio e imagina que todo o mundo se sente o cisne.
Triste ilusão: quase todo mundo se sente um patinho feio também.
Ainda há tempo! Nunca é tarde para se descobrir único. Nunca é tarde para descobrir que não existe nem nunca existirá ninguém igual a você.
E ao invés de se tornar mais um patinho, escolha assumir sua condição inalienável de cisne!

Ciamara Poletti
Consultora Executiva de RH Corporativo
Psicóloga Clínica e Organizacional pela Universidade Metodista de SP UMESP

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