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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Dicas de Português - FRASE E ORAÇÃO


Conceito
Em uma análise sintática podemos ter:
1 - Frase
É a reunião de palavras que expressam uma idéia completa, constitui o elemento fundamental da linguagem, não precisa necessariamente conter verbos.
Ex.:"Final de ano, início de tormento".
2 - Oração
É idéia que se organiza em torno de um verbo.
Ex.: "Tudo começa com o pagamento da dívida.”
Dicas
O verbo pode estar elíptico (não aparece, mas existe)
Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez  tanto  sucesso  quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfil lançou nas páginas do Pasquim." 
3 - Período
É o conjunto de orações. Ele pode ser constituido por uma ou mais orações.
O período pode ser:                                   .
 Simples - constituído por apenas uma oração.
Ex.: "Macunaíma é o herói com muita preguiça e sem nenhum caráter".                                                                                       
Composto - constituído por mais de uma oração.               
Ex.: "Nós não podemos fingir que as crianças não têm inconsciente".                           .
        “ Fui a livraria ontem e comprei um livro”
Termos da Oração
Os termos da oração são:
Sujeito - Predicado - Vocático
SUJEITO
Para se analisar sintaticamente qualquer oração, deve-se começar, perguntando ao verbo Quem pratica a ação? ou Quem sofre a ação? ou Quem possui a qualidade? A resposta a essas perguntas denominamos de sujeito.
São os seguintes os tipos de sujeito:
01) Sujeito Simples: é aquele que possui apenas um núcleo. O núcleo do sujeito será representado por um substantivo, por um pronome substantivo ou por qualquer palavra substantivada. Núcleo é a palavra que, dentre todas as que surgem na função sintática, realmente exerce a função.
Ex.: “Os homens destroem a natureza.”
Quem destrói a natureza?
Resp.: Os homens. Núcleo = homens. Sujeito Simples.
Obs: Todas as palavras que surgirem antes do núcleo de qualquer função sintática chamam-se Adjunto Adnominal (aa). Portanto, no exemplo citado, o artigo os funciona como adjunto adnominal.
02) Sujeito Composto: é aquele que possui dois ou mais núcleos. Os núcleos do sujeito composto são, quase sempre, ligados pela conjunção e, pela conjunção ou, pela preposição com ou pelos conectivos correlatos assim ... como, não só ... mas também, tanto ... como, tanto ... quanto, nem ... nem.
Ex.:  Tanto os cientistas quanto os religiosos estão temerosos.
Quem está temeroso?
Resp.: Tanto os cientistas quanto os religiosos. Núcleos = cientistas e religiosos. Sujeito Composto. Os artigos os e os são adjuntos adnominais.
03) Sujeito Oculto: Teremos sujeito oculto, em três circunstâncias:
a) Quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta os pronomes eu, tu, ele, ela, você, nós ou vós, sem surgirem escritos na oração. O sujeito oculto também pode ser chamado de sujeito elíptico, sujeito desinencial ou sujeito subentendido.
Ex.: Estudaremos a matéria toda.
Quem estudará?
Resp.: Nós. Como o pronome não surge na oração temos sujeito oculto.
b) Quando o verbo estiver no Imperativo, ou seja, quando o verbo indicar ordem, pedido ou conselho, com exceção de Chega de e Basta de. Esses dois verbos participam de orações sem sujeito.
Ex.: Estudem, meninos!
O verbo está no Imperativo, pois indica conselho. Portanto o sujeito é oculto.
Outro Exemplo: Basta de baderna, meninos!
Nesse caso, há sujeito inexistente.
c) Quando não surgir o sujeito escrito na oração, porém estiver claro em orações anteriores.
Ex.: Os governadores chegaram a Brasília ontem à noite. Terão um encontro com o presidente.
Quem chegou a Brasília?
Resp.: Os governadores. Núcleo = governadores. Sujeito Simples.
Quem terá um encontro?
Resp.: Não surge o sujeito escrito na oração, porém na oração anterior aparece, com clareza, quem é o sujeito = os governadores. Portanto, sujeito oculto.
04) Sujeito Indeterminado :Teremos sujeito indeterminado, quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta os pronomes eles, sem surgir escrito na oração, nem aparecer claramente quem são eles anteriormente.
Ex.: Deixaram um bomba na casa do deputado.
Quem deixou uma bomba?
Resp.: Eles. Não surge o sujeito escrito na oração, nem aparece, com clareza, anteriormente, quem é o sujeito. Portanto, sujeito indeterminado.
05) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É o sujeito com verbo, ou seja, uma oração que exerce a função de sujeito.
Ex.: É necessário que todos estudem.
Que é necessário?
Resp.: Que todos estudem. Sujeito com verbo. Or. Sub. Subst. Subjetiva.
Quando a oração subordinada substantiva subjetiva não se iniciar pela conjunção integrante que, nem pela conjunção integrante se, o verbo deverá ser conjugado no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, e a oração se denominará oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, de gerúndio ou de particípio.
Ex.: É preciso estudar mais.
Que é preciso?
Resp.: Estudar mais = oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.
06) Sujeito Acusativo: Será sujeito acusativo o sujeito de um verbo no infinitivo ou no gerúndio de uma oração que funcione como objeto direto, quando o verbo da oração principal for fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir.
Ex.: Fizeram a garota se retirar.
Quem fez?
Resp.: Eles. Não surge o sujeito escrito na oração, nem aparece, com clareza, anteriormente, quem é o sujeito. Portanto, sujeito indeterminado.
O verbo fazer é verbo transitivo direto, que tem como objeto direto toda a oração a garota se retirar, pois isso é que foi feito, e não a garota foi feita, como pode parecer. A oração que funciona como objeto direto chama-se oração subordinada substantiva objetiva direta.
O verbo da oração subordinada substantiva objetiva direta está no infinitivo (retirar-se) e tem como sujeito a palavra garota. Portanto, garota é sujeito acusativo.
O sujeito acusativo poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as)
Quando o sujeito acusativo for um substantivo plural, o verbo no infinitivo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. Em todos os outros casos, o verbo ficará no singular.
Ex.:   Vi as garotas cantar/cantarem. As garotas = sujeito acusativo.
         Vi-as cantar. as = sujeito acusativo.
         Deixei-os entrar atrasado
07) Orações sem sujeito: Haverá oração sem sujeito, ou seja, o verbo será impessoal nos seguintes casos:
Obs.: Os verbos impessoais ficam, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular, com exceção do verbo ser.
a) Verbos que indiquem fenômeno da natureza:
Ex.:   Choveu ontem.
         Ventou demasiadamente.
Quando surgir o fenômeno da natureza escrito na oração ou quando a frase possuir sentido figurado, haverá sujeito:
Ex.:   Choveram pedras sobre Londrina.
         Choveram papeizinhos coloridos sobre os soldados que desfilavam.
b) Ser, estar, parecer, ficar, indicando fenômeno da natureza.
Ex.:   É primavera, mas parece verão.
         Está frio hoje.
c) Fazer, indicando fenômeno da natureza ou tempo decorrido.
Ex.:   Faz dias friíssimos no inverno.
         Faz três dias que aqui cheguei.
d) Haver, significando existir ou acontecer, ou indicando tempo decorrido.
Ex.:   Houve muitos problemas naquela noite.
         Haverá várias festas em Curitiba.
         Há dois anos ele esteve aqui em casa.
e) Passar de, indicando horas.
Ex.: Já passa das 15h.
f) Chegar de e bastar de, no imperativo.
Ex.: Chega de matéria.
g) Ser, indicando horas, datas e distância. O verbo ser é o único verbo impessoal que não fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular.
Horas: O verbo ser, ao indicar horas, concorda com o numeral a que se refere.
Ex.:   É uma hora.
         São duas horas.
Datas: O verbo ser, ao indicar datas, tanto poderá ficar no singular quanto no plural.
Ex.:   É dois de maio = É dia dois de maio.
         São dois de maio = São dois dias de maio.
Claro está que, se for o primeiro dia do mês, o verbo ser ficará no singular.
Distância: O verbo ser, ao indicar distância, concorda com o numral a que se refere.
Ex.:   É um quilômetro daqui até lá.
         São dois quilômetros daqui até lá.
Termos ligados ao nome
Existem alguns termos que se ligam aos nomes. São eles:
Adjunto adnominal
Complemento nominal
Predicativo
Aposto
Adjunto adnominal:  É o termo que se liga a um nome ou palavra substantivada para qualificá-lo ou determiná-lo. É expresso geralmente por um adjetivo, locução adjetiva, artigo, pronome ou numeral.                               
Ex.: "Neste Natal, estimule a criatividade de seus alunos".
Complemento nominal: É o termo da oração exigido como complementação de alguns nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios). Geralmente é regido de preposição.                  .
Ex.: "A criança tinha necessidade de brincadeiras."           
Os turistas tinham disposição para a caminhada.
Predicativo: É o termo da oração que qualifica, classifica ou expressa um estado do núcleo do sujeito ou do núcleo do objeto.
Ex.: Os torcedores saíram alegres. (predicativo do sujeito)             .
Os torcedores consideraram o jogo fraco. (predicativo do objeto)
Aposto: É o termo da oração que resume, explica ou especifica um nome.                                .
Ex.:"Graças ao pai da psicanálise, Sigmund Freud, a masturbação começou a ser entendida com um hábito saudável em qualquer idade, da infância à velhice." (Revista Nova Escola, 11/00)
O aposto geralmente vem marcado por algum tipo de pontuação: vírgula, travessão, parênteses ou dois-pontos.               .
Ex.: Algumas frutas- duas ou três- foram escolhidas para a exposição.
PREDICADO
É tudo aquilo que se informa sobre o sujeito e é estruturado em torno de um verbo. Ele sempre concorda em número e pessoa com o sujeito.                                 
Quando é um caso de oração sem sujeito, o verbo do predicado fica na forma impessoal, 3ª pessoa do singular. O núcleo do predicado pode ser um verbo significativo, um nome ou ambos.                    .
Ex.: "Seu trabalho tem uma ligação muito forte com a psicanálise".
Tipos de predicado:
Verbal
Nominal
Verbo-nominal
Predicado verbal:  Aquele que tem como núcleo (palavra mais importante) um verbo significativo.                                 
Ex.: Ministro anuncia reajuste de impostos.                         
Núcleo: anuncia (verbo significativo)
Dicas:
O verbo significativo pode ser: transitivo direto (VTD), transitivo indireto (VTI), transitivo direto e indireto (VTDI) ou intransitivo (VI).
Ex.: O técnico comprou várias bolas. VTD                            
O técnico gosta de bolas novas. VTI                                   
O técnico prefere melhores condições de trabalho a aumento de salário. VTDI
O técnico viajou. VI
Predicado nominal: Aquele  cujo núcleo é um nome (predicativo).  Nesse tipo de predicado, o verbo não é significativo e sim de ligação.Serve de elo entre o sujeito e o predicativo.                     .
Ex.: Todos estavam apressados.                                     
Núcleo: apressados (predicativo)
Predicado verbo-nominal: Aquele que possui dois núcleos: um verbo significativo e um predicativo do sujeito ou do objeto.         .
Ex.: O juiz julgou o réu culpado.                                                    



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